Taxa Selic aumenta 0,5% e atinge 8% ao ano

Decisão foi tomada por unanimidade pelos membros do Copom.

O fraco desempenho do PIB, que avançou somente 0,6% no primeiro trimestre deste ano, não impediu o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de acelerar o ritmo de aumento dos juros com o objetivo impedir uma alta maior da inflação – mesmo “freando” mais a economia brasileira.

A autoridade monetária anunciou, na noite desta quarta-feira (29), uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica da economia, de 7,5% para 8% ao ano. A decisão da diretoria do BC foi unânime. Em abril, os juros haviam subido menos: 0,25 ponto percentual.

Esse foi o segundo aumento consecutivo promovido pelo Banco Central na taxa de juros, que atingiu o maior patamar desde maio do ano passado, quando estava em 8,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa básica da economia brasileira volte a subir no decorrer deste ano, terminando 2013 em 8,25% ao ano.

 

Expectativa do mercado

A expectativa do mercado financeiro nesta terça-feira, um dia antes da reunião, refletida na curva de juros do mercado futuro, era de que o BC promovesse uma elevação justamente de 0,5 ponto nos juros, para 8% ao ano. Após o anúncio do PIB, o mercado ajustou para baixo suas apostas e a curva de juros passou a “embutir” uma alta menor no curto prazo, entre 7,5% e 8% ao ano – mostrando divisão nas apostas das instituições financeiras no mercado futuro.

Após a reunião, o BC divulgou o seguinte comunicado: “Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,00% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano“.

 

Juros reais

Com o aumento da taxa básica para 8% ao ano, o Brasil passou a ter juros reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses) de 2,1% ao ano, com alta de 0,5 ponto percentual, segundo levantamento do MoneYou.

Com isso, a taxa brasileira ficou em quarto lugar no ranking mundial de juros reais, abaixo da China, da Rússia e do Chile. A taxa real de juros de 40 países pesquisados pelos economistas está negativa em 0,5% ao ano.

Fonte: G1

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